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terça-feira, 15 de novembro de 2011

BAIRRO DO DO SÃO JOSÉ - REDUTO DE GRANDES JOGADORES DO ESPORTE AMADOR DE CAMPINA GRANDE

POR: JOBEDIS MAGNO DE BRITO NEVES


Bairro do São José - Celeiro de craques


A origem do Bairro do são José  estava sendo apagada pelo efeito corrosivo do tempo: eram  raras as fotografias e os documentos de sua fundação quase que não existem. Só restava a memória de moradores antigos, onde a história já começou a ter um sabor de "estórias", tropeçando na cronologia.

Resgatar a história do bairro do São José  em ordem rigorosamente cronológica é um feito quase impossível. Documentos e fotos da época não existem. Sobrevivem as memórias e ainda é possível colher os depoimentos de alguns dos antigos moradores, que muitas vezes são conflitantes. A História esta agora  "costurada" com alguns desses depoimentos, não com a intenção de montar um tratado histórico-cronológico, mas simplesmente registrar algumas dessas estórias, contadas pelos pioneiros ou por seus descendentes.

Como sugerem as histórias (ou estórias?), é difícil fazer a arqueologia da formação da região. A falta de documentos e fotos da época são parte de um fenômeno que nos assola: o desinteresse das autoridades em resgatar a história de nossa cidade. Enquanto isso, apelamos para estas “cabeças" e suas memórias, sabendo que o tempo, infelizmente, um dia as apagará.

A história do bairro não existe em livro foi só registrada em pequenas citações em livros  sobre a cidade de Campina Grande, mas existiu e existem na memória daqueles que, ao longo dos anos foram os responsáveis pela construção dos nossos bairros e porque não da nossa cidade. Relatadas com precisão, como se tivesse acabado de acontecer, com datas, nomes e números de ruas, estas pessoas revelaram que  um século de história não podem ser apagado com construções de prédios ou com a falta de estrutura básica como educação, saúde, transporte e, principalmente segurança.
Antigos moradores estavam dispostos a reviver a história e reconstituir um passado que quase se perderam no tempo e  relembram a época em que o bairro era um orgulho para a cidade e para seus moradores. E, evidentemente, jamais esquecem das "gloriosas festas da Padroeira do Bairro". E o time de futebol do  Everton? Ah, esse ganhou quase todos os grandes títulos do futebol amador da cidade. E ninguém melhor para falar sobre este time, que  seus próprios jogadores. Só vendo os “velhinhos” de hoje  contarem as historias e  os causos, sempre acompanhados de gestos e expressões! O ar de satisfação aparece também  quando recordam das grandes partidas do time, das  festas e embalos.
São memórias que surgem a partir de fotografias, documentos, cartas e, principalmente, da história das pessoas do lugar. A recuperação da memória de comunidades, bairros e cidades é realizada por meio da história oral, ou seja, da história contada pelas próprias pessoas e permite que estas pessoas apareçam como sujeitos dessa mesma história. Nesse processo, não são mais heróis, "autoridades" e "fatos marcantes" que fazem a história, mas as pessoas comuns e seu cotidiano comum.


O uso destas fontes vivas, através do depoimento destes  antigos moradores, como forma de melhor saber sobre o o bairro em outros tempos, relacionando essas informações a outras (a partir de fotos e alguns textos es  critos sobre a Historia de Campina Grande ) permitiu  ampliar a visão desta pesquisa histórica, reconhecendo a importância de tais depoimentos e seus autores. A partir dessas fontes, tivemos a possibilidade de dar uma dimensão mais humana e afetiva na compreensão das diversas mudanças ocorridas através do tempo no espaço que nos rodeiavam.

Detalhes, fatos pitorescos, segredos, momentos únicos e acontecimentos  importantes são lembranças que permanecem para sempre na vida dos nossos pais, avôs e bisavôs e da nossa galera. São eles que nos contavam como eram as ruas, os meios de transporte, as brincadeiras que hoje já não existem mais, o cinema, os bate papos, a paquera nas ruas, o trabalho, as indústrias que chegavam no bairro... Em cada canto do bairro do São José, transformações gigantescas arquitetônicas, populacionais, financeiras e culturais – que ocorreram durante o primeiro século. Entrada de imigrantes  nordestinos. A fundação da Igreja da Guia, do Cinema tradicional  como o Cine São José,  O comércio nas ruas, os  pioneiros moradores e os grandes atletas do esporte amador  do passado e  as personalidades que viveram ou que ainda vivem no local. 


ALGUMAS FOTOS DE ANTIGOS DESPORTISTAS E GRANDES ATLETAS DO NOSSO BAIRRO DO SÃO JOSÉ DO PASSADO:





















3 comentários:

Ednaldo Mariano Diniz disse...

Amigo Jobão,
Primeiro quero te dizer que vc tem tudo pra ser um grande escritor.segundo dizer as qualidades dos atletas surgidas no Bairro do São José aqui, seria muito dificil, endosso todas as suas palavras e digo sem sombras de duvidas que o Time do Everton que eu era fã mostra uma grande parcela disto, era o melhor time que vi jogar em toda minha vida no futebol amador de nossa cidade.

Abração grande e continui a nos dar este prazer de ver nosso esporte do passado

Jonas didi disse...

Amigo Jobão, que saudades dessa galera..."Os bons amigos são como estrelas: você nem sempre as vê, mas você sabe que sempre estão là", gostei da frase, mas completo, As estrelas estão lá, mas todos esses amigos estão aqui no meu coração, Jonas didi

Jobedis Magno disse...

Amigo Jobédis:

Você sabe que somos vizinhos de comunidades. Nasci no final da Rua Tiradentes praticamente dentro do Parque do Povo, antigamente coqueiros de Zé Rodrigues, e você no Bairro do São José. Estudei na infância na Rua Felipe Camarão, na escolinha de Dona Nevinha Sobral, filha de Dona Eugênia e seu Sobral, próximo a Gilvani, sendo do lado esquerdo de quem desce, do mesmo lado da mercearia do saudoso seu Leopoldo, sogro do meu amigo Benicio, cabelereiro. Então sinto saudades daquele tempo, dos terços do mês de maio na Capela da Igreja João Moura, a ladainha era cantado por irmã Aldete Maia, natural de Catolé do Rocha. Esse arrodeio todo é simplesmente para o amigo colocar no Museu Virtual, uma foto da antiga Igreja da Guia do Bairro do São José, onde minha mãe casou e um pequeno comentário nos anos de 49/1950, sobre Pe. Serrão e outros vigários. Quanto ao futebol estou aguardo do Rio de Janeiro e Pernambuco materias de futebol como tambem de Campina Grande para enviar ao amigo.
Saudações

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